O dia antes de hoje, Hoje e o dia depois de hoje

Estou... bêbado. Ainda(!) estou bêbado.

Quando de manhã se acorda, com todos os sintomas como boca seca, cabeça zonza, corpo sem reacção, como é que se diferencia o que é o cansaço, o sono ou a ressaca?
Como é que se mede? Bom, isso talvez não interesse...

Mas voltando ao que interessa: a verdade é que estou assim. E tudo por causa da sequência fibonacci de copos de dor-de-cabeça - o novo nome para a Tagus.
E tudo isto porquê? Para quê? Bom, isso talvez também não interesse para nada...
Mas mesmo assim... Para quê? É verdade que nos desperta os sentidos. Os movimentos ficam mais fluídos, embora aos olhos dos outros o que aqui chamo de fluído seria rectificado como atabalhoados.

Mas voltando ao que interessa: não sei quando o ontem deixa de ser ontem e passa a ser hoje ou quando o hoje passou a ser hoje tendo em conta que de ontem para hoje não houve uma separação clara que me possa fazer afirmações sobre o que se passou durante o ciclo de Sol anterior como "Ontem" e o ciclo actual como "Hoje". Tudo me parece "À bocado". E por isto começo a pensar em daqui a bocado... Quero dizer, em "Amanhã"! Chiça, estou mesmo apanhado.

Mas voltando ao que interessa: acho que o que eu quero dizer mesmo é que a Semana de Recepção ao Caloiro 2008 da Universidade do Algarve - que por sinal são 2 semanas! - está a dar cabo de mim! Não é que eu não goste. Ou que vá obrigado. Mas está a dar cabo de mim!
E não deixa só marcas físicas. São também as marcas psicológicas (agora estava mesmo a precisar de um sofá de uma psicóloga gira). Analisem por exemplo o Doctor. Ele está acabado! Não há ponta de réstia de esperança de ele voltar a ser uma pessoa normal, chata e sem humor rasca... Ok, talvez tudo isso não venha desta semana. Ok, ok! Isto não altera nada nele. Mas seria interessante analisar a sequência de acontecimentos que o tornaram assim. Deveria ser um interessante caso de estudo para psicólogos, sociólogos e oftalmologistas.

Mas voltando ao que interessa: como se luta contra si próprio? E contra o timoneiro? E contra o Doctor estando vestido de lutador de sumo de 220 kg? E contra o JimiDoXilofone quando se esbarra com um carro nele? São todas estas questões que me apoquentam (gosto da palavra... apoquentar) e que me fazem levantar da cama e estar perante vós com uma taxa de alcoolémia superior ao permitido por lei. Ok, ok... São todas estas questões que me inquietam no foro psicológico e mais as questões levantadas no físico pelo chamamento "Chefe... Ó chefe! Levanta-te! Quantas vezes tenho de te chamar??!" (e imaginem isto com terror, ressaca, sono e um volume comparável ao som de uma bomba nuclear tendo em conta o latejar da minha cabeça) às 7h45.

Mas voltando ao que interessa: o que eu precisava mesmo era de um cafuné e de um sítio aconchegado para encostar a cabeça e adormecer. Mas não havendo isso, podia ser estar estendido numa rede a balançar suavemente. Mas não havendo isso, podia ser um chá e uma conversa relaxada sobre nada com o fresco do Outono nos pés descalços. Mas não havendo isso, escrevo nada por aqui...

Mas voltando ao que interessa: isto não interessa para nada!

O que interessa é: quanto iremos arder no Inferno (sim, porque está certo que não temos salvação e sim, está no plurar porque vocês vão estar comigo!), quanto é que o nosso fígado aguentará mais ainda e quanto é o volume perfeito de uns seios!
Isto sim é o que interessa! Quanto, quanto e quanto??!

Doctor: se me "ouviu" até aqui, permita-me fazer-lhe uma pergunta que só você está habilitado (oftalmologicamente falando) para me responder... São permitidos delírios durante o dia? Isto apoquenta-me...

O vosso dedicado e sempre,
Chefe